domingo, 31 de agosto de 2014
sábado, 30 de agosto de 2014
TEXTOS EVOLUÇÃO
Peixe fora da água dá pistas sobre evolução das espécies para a terra
A
pesquisadora Emily Standen, da Universidade McGill, decidiu criar uma espécie
de peixe fora da água. Juntamente com o paleontologista Hans Larsson, ela
escolheu o bichir-de-senegal ou enguia dinossauro (Polypterus senegalus
senegalus), uma espécie com características primitivas que lembra um ancestral
dos animais terrestres. Equipado com pulmões e escamas duras, o bichir usa as
nadadeiras peitorais atrás da cabeça para se movimentar em terra e ir de uma
poça de água para outra.Os
pesquisadores compraram 149 espécimes com dois meses de vida e mantiveram 111
em um terrário durante 8 meses. Os outros 38 ficaram em um aquário.
Os
peixes criados em terra apresentaram mudanças na estrutura de seu esqueleto que
lhes permitiram se locomover em terra. Os bichires passaram a usar suas
nadadeiras dianteiras para se erguer e "caminhar". A estrutura que
seria semelhante à nossa coluna vertebral tornou-se mais reforçada e longa para
dar maior apoio ao restante do corpo.
"Todas
as mudanças que observamos estão documentadas no estudo dos fósseis",
afirma a pesquisadora Emily Standen, especialista em biomecânica comparative e
evolucionária na Universidade de Ottawa.
"Os
resultados podem jogar uma luz sobre um fator que teria parte na origem dos
tetrápodes", diz Per Ahlberg, uma paleontologista da Universidade Uppsala
na Suécia. Resta aos cientistas entender esse desenvolvimento na evolução e
passagem das espécies aquáticas para a vida na terra.
As
mudanças chamadas plasticidade desenvolvimentista deram aos animais
"vantagens" em sua luta pela sobrevivência, possivelmente passada em
seus genes para as novas gerações, que os pesquisadores vão acompanhar em novo
estudo. "Eventualmente, essas mudanças podem se tornar permanentes com o
tempo", diz Emily Standen. "Mas como isso acontece", diz, ainda
permanece um "mistério".
Análise completa de crânios de aproximadamente 1,8 milhão de anos sugere
que os primeiros hominídeos, classificados em diferentes espécies - "Homo habilis", "Homo
rudolfensis", "Homo erectus", por exemplo -, na verdade
pertencem à mesma espécie. O estudo será publicado na revista Science desta
sexta-feira (18). Segundo pesquisadores que encontraram cinco crânios que datam
da mesma época, em Dmanisi, na Geórgia, país situado no Cáucaso, as diferenças
entre eles não são maiores do que as diferenças entre cinco crânios de humanos
de hoje em dia. Assim, os hominídeos só teriam aparências diferentes. Eles
chegaram a esta conclusão por causa do crânio 5 que combina uma pequena caixa
craniana com uma face alongada e grandes dentes - características que nunca
foram observadas no mesmo crânio de hominídeo antes Leia mais M. Ponce de León/Ch. Zollikofer, University of Zurich, Switzerland
Os
rostos dos seres humanos que habitam a Terra nos dias de hoje são bem
diferentes daqueles ancestrais que viveram há milhares de anos, e isso poderia
ser explicado pela diferença no nível de testosterona do Homo sapiens
atual comparado ao do homem das cavernas.
Um
estudo feito por um grupo de pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados
Unidos, sugere que a diminuição dos níveis do hormônio pode estar relacionada
ao desenvolvimento das capacidades cooperativas dos seres humanos. Ou seja, na
medida em que as relações sociais foram se tornando menos agressivas, o homem
foi desenvolvendo ferramentas avançadas e aprendendo a trabalhar em conjunto,
os níveis de testosterona foram decrescendo, fazendo com que ele perdesse as
características faciais de um homem das cavernas.
O
estudo, publicado na revista Current Anthropology, é primeiro a sugerir que o
crescimento da tolerância social e o decréscimo dos níveis de testosterona
resultaram na redução do tamanho facial da Idade da Pedra Média, há cerca de 50
mil anos.
Crânio 17 de hominídeo do Pleistoceno
Médio encontrado no sítio arqueológico espanhol "Abismo dos Ossos". O
grau de diferenciação entre os Neandertais e os humanos que os precederam, em
tão pouco tempo, sempre surpreendeu os cientistas. Faltava uma boa amostra da
população europeia que viveu há cerca de 400 mil anos, os primeiros hominídeos
da linhagem Neandertal; os 17 crânios
recém-descobertos preenchem essa lacuna e fortalecem a hipótese da acreção , que
diz que os Neandertais desenvolveram suas características em épocas diferentes,
não em um único processo evolutivo.
Javier Trueba / Madrid Scientific Films
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