sábado, 30 de agosto de 2014

A árvore das origens de Charles Darwin e a ancestrabilidade comum.

arvore

TEXTOS EVOLUÇÃO


Peixe fora da água dá pistas sobre evolução das espécies para a terra
 
                 Um primitivo peixe mostrou que, mesmo fora da água, é capaz de se locomover e oferecer pistas sobre a evolução das espécies do mar para a terra, de acordo com um novo estudo realizado na Universidade de Ottawa, no Canadá. Capaz de respirar na superfície, o espécime passou inclusive por modificações em seu esqueleto para melhorar sua locomoção.
           A pesquisadora Emily Standen, da Universidade McGill, decidiu criar uma espécie de peixe fora da água. Juntamente com o paleontologista Hans Larsson, ela escolheu o bichir-de-senegal ou enguia dinossauro (Polypterus senegalus senegalus), uma espécie com características primitivas que lembra um ancestral dos animais terrestres. Equipado com pulmões e escamas duras, o bichir usa as nadadeiras peitorais atrás da cabeça para se movimentar em terra e ir de uma poça de água para outra.Os pesquisadores compraram 149 espécimes com dois meses de vida e mantiveram 111 em um terrário durante 8 meses. Os outros 38 ficaram em um aquário.
            Os peixes criados em terra apresentaram mudanças na estrutura de seu esqueleto que lhes permitiram se locomover em terra. Os bichires passaram a usar suas nadadeiras dianteiras para se erguer e "caminhar". A estrutura que seria semelhante à nossa coluna vertebral tornou-se mais reforçada e longa para dar maior apoio ao restante do corpo.
          "Todas as mudanças que observamos estão documentadas no estudo dos fósseis", afirma a pesquisadora Emily Standen, especialista em biomecânica comparative e evolucionária na Universidade de Ottawa.
            "Os resultados podem jogar uma luz sobre um fator que teria parte na origem dos tetrápodes", diz Per Ahlberg, uma paleontologista da Universidade Uppsala na Suécia. Resta aos cientistas entender esse desenvolvimento na evolução e passagem das espécies aquáticas para a vida na terra.
            As mudanças chamadas plasticidade desenvolvimentista deram aos animais "vantagens" em sua luta pela sobrevivência, possivelmente passada em seus genes para as novas gerações, que os pesquisadores vão acompanhar em novo estudo. "Eventualmente, essas mudanças podem se tornar permanentes com o tempo", diz Emily Standen. "Mas como isso acontece", diz, ainda permanece um "mistério". 

 Crânios sugerem que primeiros hominídeos pertenciam à mesma espécie

Análise completa de crânios de aproximadamente 1,8 milhão de anos sugere que os primeiros hominídeos, classificados em diferentes espécies - "Homo habilis", "Homo rudolfensis", "Homo erectus", por exemplo -, na verdade pertencem à mesma espécie. O estudo será publicado na revista Science desta sexta-feira (18). Segundo pesquisadores que encontraram cinco crânios que datam da mesma época, em Dmanisi, na Geórgia, país situado no Cáucaso, as diferenças entre eles não são maiores do que as diferenças entre cinco crânios de humanos de hoje em dia. Assim, os hominídeos só teriam aparências diferentes. Eles chegaram a esta conclusão por causa do crânio 5 que combina uma pequena caixa craniana com uma face alongada e grandes dentes - características que nunca foram observadas no mesmo crânio de hominídeo antes Leia mais M. Ponce de León/Ch. Zollikofer, University of Zurich, Switzerland

 Testosterona foi responsável pela mudança facial dos homens das cavernas

            Os rostos dos seres humanos que habitam a Terra nos dias de hoje são bem diferentes daqueles ancestrais que viveram há milhares de anos, e isso poderia ser explicado pela diferença no nível de testosterona do Homo sapiens atual comparado ao do homem das cavernas.

            Um estudo feito por um grupo de pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, sugere que a diminuição dos níveis do hormônio pode estar relacionada ao desenvolvimento das capacidades cooperativas dos seres humanos. Ou seja, na medida em que as relações sociais foram se tornando menos agressivas, o homem foi desenvolvendo ferramentas avançadas e aprendendo a trabalhar em conjunto, os níveis de testosterona foram decrescendo, fazendo com que ele perdesse as características faciais de um homem das cavernas.

            O estudo, publicado na revista Current Anthropology, é primeiro a sugerir que o crescimento da tolerância social e o decréscimo dos níveis de testosterona resultaram na redução do tamanho facial da Idade da Pedra Média, há cerca de 50 mil anos.

 
fósseis encontrados no sítio arqueológico espanhol "Abismo dos Ossos

Crânio 17 de hominídeo do Pleistoceno Médio encontrado no sítio arqueológico espanhol "Abismo dos Ossos". O grau de diferenciação entre os Neandertais e os humanos que os precederam, em tão pouco tempo, sempre surpreendeu os cientistas. Faltava uma boa amostra da população europeia que viveu há cerca de 400 mil anos, os primeiros hominídeos da linhagem  Neandertal; os 17 crânios recém-descobertos preenchem essa lacuna e fortalecem a hipótese da acreção , que diz que os Neandertais desenvolveram suas características em épocas diferentes, não em um único processo evolutivo.

 Javier Trueba / Madrid Scientific Films