sábado, 6 de setembro de 2014

FOSSEIS DE DINOSSAUROS ENCONTRADOS NA AMÉRICA DO SUL


Cientistas descobrem esqueleto de dinossauro completo na Argentina

04/09/201415h34

 


FÓSSIL COMPLETO DE DINOSSAURO NA ARGENTINA - O esqueleto de um Dreadnoughtus schrani é exposto em sítio arqueológico durante escavação na Argentina, em foto tirada em 2006 e divulgada nesta quarta-feira (3). Os cientistas anunciaram hoje a descoberta no sul da Patagônia argentina do fóssil bem preservado e completo do dinossauro que pesava 65 toneladas e media 26 metros, com um pescoço de 11,3 metros e uma cauda de 8,7 metros Kenneth Lacovara/Drexel University/Reuters

Uma equipe de paleontólogos apresentou nesta quinta-feira um dinossauro gigantesco que viveu há 77 milhões de anos na Patagônia argentina, com o esqueleto "mais completo" encontrado até hoje.

Este novo dinossauro, descrito na revista Scientific Reports, pertence à família dos titanossauros - dinossauros herbívoros encontrados em grande número no período Cretácico Superior - na região em que esse fóssil foi descoberto em 2005, na província de Santa Cruz (sul). A Patagônia argentina é o local onde habitaram os maiores dinossauros da Terra.

Os cientistas estimam que o animal, que teria um pescoço muito comprido, media cerca de 26 metros de comprimento e pesava 60 toneladas. Seu esqueleto mostra também que quando morreu, ele ainda não teria parado de crescer.

Durante quatro sessões de escavações, entre 2005 e 2009, os palentólogos encontraram mais de 70% dos ossos, exceto os da cabeça, ou seja, mais de 45% do conjunto do esqueleto. Segundo os pesquisadores, é muito mais que os outros titanossauros descobertos anteriormente.

Dinossauro de 230 milhões de anos é encontrado no RS
 
 

Fêmur de dinossauro foi encontrado durante busca em região de rochas do período triássico (de 200 milhões a 250 milhões de anos atrás) em São João do Polêsine, no Rio Grande do Sul Leia mais Lucian Ceolin/Divulgação

Os cientistas também têm praticamente todos os ossos dos membros inferiores e superiores, incluindo um fêmur de 1,80 metro e um úmero. Isso permitiu descrever detalhadamente o animal e calcular de forma confiável suas impressionantes medidas.

Kenneth Lacovara, da universidade americana de Drexel (Filadélfia), coordenou a equipe que estudou o fóssil. Seus principais colaboradores foram Matthew C. Lamanna, do Museu Carnegie de História Natural (Pittsburgh) e Lucio M. Ibiricu, do Centro Nacional Patagônico, na província argentina de Chubut (sul).

Este dinossauro foi batizado de Dreadnoughtus schrani. "Dreadnought" significa "que não teme nada" em inglês antigo.

"Com um corpo do tamanho de uma casa, o peso de uma manada de elefantes e uma cauda usada como arma, o Dreadnoughtus não devia ter medo de nada", explicou Lacovara.

A palavra "dreadnought" também é usada para designar um tipo de encouraçado desenvolvido no início do século passado.

O termo "schrani" é uma homenagem ao empresário Adam Schran, que apoiou as pesquisas.

"Os maiores titanossauros continuam a ser um mistério porque, em quase todos os casos, seus fósseis estão muito incompletos", lembrou Matthew Lamanna.

A massa do Argentinosaurus, por exemplo, era comparável e até superior à do Dreadnoughtus, mas poucos ossos foram encontrados.

"Este é de longe o melhor exemplar que temos de todos os animais gigantescos que andaram alguma vez por este planeta", declarou Kenneth Lacovara.

Para o estudo, o fóssil do Dreadnoughtus foi transferido para os Estados Unidos para ser analisado na universidade de Drexel e no Museu Carnegie de História Natural.

A universidade de Drexel indicou em um comunicado que o fóssil, que pertence ao governo federal argentino e deve permanecer na província de Santa Cruz, terá que ser devolvido ao Museu Padre Jesús Molina, em Río Gallegos, em 2015.

 

Arqueólogos recuperaram 50 vértebras da única cauda articulada de um dinossauro descoberta no México. Os restos pertencem a um hadrossauro de 72 milhões de anos e somam cinco metros, quase a metade do comprimento do herbívoro. Os ossos foram encontrados em 2005 em uma jazida de Coahuila, mas só começaram a ser escavados no último dia 2 de julho, segundo o Instituto Nacional de Antropologia e História do México

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