Cientistas
descobrem esqueleto de dinossauro completo na Argentina
04/09/201415h34
FÓSSIL COMPLETO DE DINOSSAURO NA ARGENTINA - O esqueleto de um
Dreadnoughtus schrani é exposto em sítio arqueológico durante escavação na
Argentina, em foto tirada em 2006 e divulgada nesta quarta-feira (3). Os
cientistas anunciaram hoje a descoberta no sul da Patagônia argentina do fóssil
bem preservado e completo do dinossauro que pesava 65 toneladas e media 26
metros, com um pescoço de 11,3 metros e uma cauda de 8,7 metros Kenneth
Lacovara/Drexel University/Reuters
Uma equipe de paleontólogos apresentou
nesta quinta-feira um dinossauro gigantesco que viveu há 77 milhões de anos na
Patagônia argentina, com o esqueleto "mais completo" encontrado até
hoje.
Este novo dinossauro, descrito na
revista Scientific Reports, pertence à família dos titanossauros - dinossauros
herbívoros encontrados em grande número no período Cretácico Superior - na
região em que esse fóssil foi descoberto em 2005, na província de Santa Cruz
(sul). A Patagônia argentina é o local onde habitaram os maiores dinossauros da
Terra.
Os cientistas estimam que o animal,
que teria um pescoço muito comprido, media cerca de 26 metros de comprimento e
pesava 60 toneladas. Seu esqueleto mostra também que quando morreu, ele ainda
não teria parado de crescer.
Durante quatro sessões de escavações,
entre 2005 e 2009, os palentólogos encontraram mais de 70% dos ossos, exceto os
da cabeça, ou seja, mais de 45% do conjunto do esqueleto. Segundo os
pesquisadores, é muito mais que os outros titanossauros descobertos
anteriormente.
Dinossauro de 230
milhões de anos é encontrado no RS
Fêmur de dinossauro foi encontrado durante busca em região de rochas do
período triássico (de 200 milhões a 250 milhões de anos atrás) em São João do
Polêsine, no Rio Grande do Sul Leia mais
Lucian Ceolin/Divulgação
Os cientistas também têm praticamente
todos os ossos dos membros inferiores e superiores, incluindo um fêmur de 1,80
metro e um úmero. Isso permitiu descrever detalhadamente o animal e calcular de
forma confiável suas impressionantes medidas.
Kenneth Lacovara, da universidade
americana de Drexel (Filadélfia), coordenou a equipe que estudou o fóssil. Seus
principais colaboradores foram Matthew C. Lamanna, do Museu Carnegie de
História Natural (Pittsburgh) e Lucio M. Ibiricu, do Centro Nacional
Patagônico, na província argentina de Chubut (sul).
Este dinossauro foi batizado de
Dreadnoughtus schrani. "Dreadnought" significa "que não teme
nada" em inglês antigo.
"Com um corpo do tamanho de uma
casa, o peso de uma manada de elefantes e uma cauda usada como arma, o
Dreadnoughtus não devia ter medo de nada", explicou Lacovara.
A palavra "dreadnought"
também é usada para designar um tipo de encouraçado desenvolvido no início do
século passado.
O termo "schrani" é uma
homenagem ao empresário Adam Schran, que apoiou as pesquisas.
"Os maiores titanossauros
continuam a ser um mistério porque, em quase todos os casos, seus fósseis estão
muito incompletos", lembrou Matthew Lamanna.
A massa do Argentinosaurus, por
exemplo, era comparável e até superior à do Dreadnoughtus, mas poucos ossos
foram encontrados.
"Este é de longe o melhor
exemplar que temos de todos os animais gigantescos que andaram alguma vez por
este planeta", declarou Kenneth Lacovara.
Para o estudo, o fóssil do
Dreadnoughtus foi transferido para os Estados Unidos para ser analisado na
universidade de Drexel e no Museu Carnegie de História Natural.
A universidade de Drexel indicou em
um comunicado que o fóssil, que pertence ao governo federal argentino e deve
permanecer na província de Santa Cruz, terá que ser devolvido ao Museu Padre
Jesús Molina, em Río Gallegos, em 2015.
Arqueólogos recuperaram 50 vértebras da única cauda articulada de um
dinossauro descoberta no México. Os restos pertencem a um hadrossauro de 72
milhões de anos e somam cinco metros, quase a metade do comprimento do
herbívoro. Os ossos foram encontrados em 2005 em uma jazida de Coahuila, mas só
começaram a ser escavados no último dia 2 de julho, segundo o Instituto
Nacional de Antropologia e História do México
Nenhum comentário:
Postar um comentário