Fóssil de ninho de dinossauros com "babá" é descoberto na
China
Ninho de
psitacossauros com 24 pequenos esqueletos e o crânio de um adultoUm ninho de
dinossauros de 120 milhões de anos foi encontrado na província de Liaoning, no
nordeste da China, em uma situação inusitada. Em meio aos 24 pequenos
esqueletos há o crânio de um dinossauro adulto, o que parece ser a de uma
espécie de "babá" cuidando dos filhotes.
Todos os fósseis de dinossauros
encontrados juntos em uma rocha de 60 cm pertencem à espécie dos psitacossauros (Psittacosaurus
lujiatunensis), um herbívoro que media de um a dois metros de altura e
caminhava sobre duas patas. Para os pesquisadores, a disposição dos fósseis
sugere que o dinossauro adulto cuidava dos pequenos.
Os 24 esqueletos menores são
semelhantes em tamanho, com cerca de 15 cm de comprimento. Já o crânio do maior
tem cerca de 11 centímetros de comprimento, indicando idade entre 4 e 5
anos.
Como descobertas anteriores sugerem
que a espécie não se reproduzia antes dos 8 ou 9 anos de idade, a hipótese
levantada pelos pesquisadores é de que o adulto do ninho não é um dos pais dos
filhotes.
Os filhotes, ao que parece, já tinham
saído dos ovos, pois não há vestígios de cascas. Como as extremidades dos seus
ossos parecem bem desenvolvidas, provavelmente os animais eram capazes de se
mover pelo ninho.
Fósseis revelam como eram os animais pré-históricos24 fotos
Equipe da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, analisou um fóssil
achado em 2006 e descobriu uma nova espécie de dinossauro, que é
"parente" do triceratops. O "Nasutoceratops titusi" (foto),
que viveu há 75 milhões de anos no meio-oeste norte-americano, tem um focinho
longo e chifres excepcionalmente grandes, os maiores do seu grupo. O peso de
três toneladas e o comprimento de cinco metros conferia uma aparência
intimidadora, mas o dinossauro era herbívoro e se alimentava apenas das plantas
dos arredores pantanosos Leia mais Raúl Martín e Divulgação
Para os cientistas que fizeram a
descoberta, o achado ajuda a lançar luz sobre a sociabilidade desses répteis.
Os mais antigos ninhos de dinossauro datam de 190 milhões anos. A existência
desses vestígios sugere que mesmo os primeiros dinossauros já exibiam
comportamentos familiares complexos.
"É um dos mais belos fósseis de
dinossauros já encontrados", diz Brandon Hedrick, paleontólogo de
vertebrados da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia (EUA), e líder do
grupo de cientistas responsáveis pelo achado.
Para os pesquisadores, o
comportamento de algumas aves pode elucidar o que ocorria no ninho dos
psitacossauros da região chinesa. Segundo Hedrick, é possível encontrar entre
aves "crias mais crescidas ajudando os pais a cuidarem das novas ninhadas,
ao invés de iniciarem suas próprias". A classe das aves é considerada
pelos cientistas como herdeira dos dinossauros.
A rocha que envolvia os fósseis
encontrados na China é constituída de material vulcânico, indicando que eles
foram pegos de surpresa por um lahar, material fruto de uma erupção. Assim, uma
outra hipótese levantada é a de que o dinossauro adulto acabou sendo depositado
junto dos pequenos pelo movimento do lahar durante a erupção.
Os cientistas pretendem analisar a
estrutura microscópica dos ossos dos animais menores para verificar se todos
estavam no mesmo estágio de desenvolvimento para checar se eles de fato
interagiam.
Os cientistas detalharam suas
descobertas na edição de setembro da revista Cretaceous Research. (Com a
Livescience)
Ilustrador reconstrói cenas do cotidiano dos dinossauros10 fotos
O encontro raro, porém provável, entre tubarões gigantes, cujo diâmetro
da mandíbula é estimado em 3,35 metros, e um mamífero de médio porte da mesma
ordem dos elefantes (Proboscidea) é retratado nesta imagem do premiado
ilustrador Julius Csotony e faz parte do livro The Paleoart of Julius Csotonyi,
lançado este mês. A ilustração está exposta em painel retroiluminado no hall de
Paleontologia do Museu de Ciência Natural de Houston, no Texas Julius
Csotonyi/Reprodução
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